Moisés se encontrou com Yahweh no Sinai e dele recebeu os Dez Mandamentos (Ex 20). Logo depois desceu para se encontrar com o povo, com o fim de lhes transmitir as palavras recebidas do Senhor. Os israelitas ouviram Moisés atentamente de responderam: “Faremos tudo o que o Senhor ordenou” (24.3).
Então Moisés escreveu todas as palavras ditas pelo Senhor. Depois construiu um altar ao pé do monte. Ali ofereceram holocaustos e sacrifícios de comunhão. Parte do sangue que seria derramado no holocausto, ele reservou para um momento muito especial. Leu para o povo o Livro da Aliança, ou seja, repetiu as palavras que já havia dito e o povo reafirmou seu voto: “Faremos fielmente tudo o que o Senhor ordenou” (7b).
Moisés então tomou o sangue dos sacrifícios, aspergiu sobre o povo (8) e disse: “Este é o sangue da aliança que o Senhor fez com vocês de acordo com todas essas palavras”. Estava selada a aliança, mais uma vez: Deus seria o Deus do povo; e o povo seria o povo de Deus.
Mas, logo depois, Deus chamou Moisés para um novo encontro no alto do monte. Ele subiu o Sinai que estava envolto pela nuvem da glória do Senhor. Êxodo nos diz que ele ficou ali 40 dias e 40 noites. O tempo passou, Moisés não aparecia e os israelitas ficaram impacientes: Onde está Moisés? Onde está Deus? E decidiram dar um jeito nisso. Foram a Arão e disseram: "Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu" (32.1).
Os israelitas queriam um deus para “ver para crer”. Moisés tinha ido para o monte, aquele que era o profeta de Deus. Por isso decidiram fazer uma imagem de deus (ou dos deuses) para que pudessem adorar e servir.
“Ver para crer” é um problema para muita gente. O Senhor nos chamou para uma relação diferente dos demais povos com seus deuses. Yahweh chamou Israel para uma relação baseada numa fé viva com ele. Seria o Deus que os conduziria os passos, que andaria com eles (19.5,6). Mas Israel não entendeu isso.
A ausência de Moisés por um período de tempo, uma quarentena, foi o suficiente para o povo se esquecer rapidamente da aliança que haviam feito com o Senhor. Os dois primeiros mandamentos de Êxodo, diziam: “Não terás outros deuses além de mim. Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra.” (20.3,4). Mas, ainda na lua de mel da aliança com o Senhor, cometeram o terrível pecado do adultério, da infidelidade.
O povo estava cometendo uma terrível idolatria ao pedir a Arão um deus, um ídolo. É pouco provável que aquele bezerro de ouro fosse a cópia de algum dos “deuses” dos povos. Ou seja, o que estava em questão ali não seria o fato de ser um falso deus, mas uma percepção equivocada do verdadeiro Deus.
No imaginário dos israelitas aquele bezerro talvez fosse a representação material e sincrética de Yahweh, provavelmente com um jeitão de Baal, que era adorado no Egito e na região próxima e possuía a imagem de um touro jovem – fertilidade e força.
Essa é uma questão muito séria: a quem adoramos? O sincretismo religioso se manifesta de diversas formas. Muitos hoje em dia adoraram um Jesus com cara de Mamom, num hibridismo teológico e até elaboram teorias bíblicas que justifiquem tais ações. Esse, claramente, não é o Jesus revelado pelas Escrituras. Outros tipos de sincretismo surgem dia-a-dia sujeitando a Palavra de Deus a ideologias e pensamentos do presente século, distorcendo a verdade de Deus.
Quem desenvolve uma fé cristã sincrética, um Jesus com cara de alguma ideologia quer seja qual for, via de regra está disposto a morrer por sua verdade. Mas estaria ele comprometido de tal a servir humildemente a Jesus de todo o coração, vivendo piedosamente uma vida mansa, honesta, sincera e de obediência às Escrituras Sagradas?
Idolatria é adorar e cultuar um deus que não é o Deus verdadeiro. Você se torna idólatra quando esculpe para você um deus idealizado, um bezerro de ouro, segundo bem lhe parece e agrada. Porém, um deus distante do revelado nas Escrituras.
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