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  • Pr. Carlinhos Veiga

Chegou o Advento

Nesse domingo adentramos um período no calendário litúrgico das igrejas cristãs chamado de Advento. É formado pelos quatro domingos que antecedem o Natal. Advento, tem origem no latim “adventus” e significa “chegada”. É o primeiro tempo do ano litúrgico. Sua origem remonta ao ano 380 d.C., quando o Sínodo de Zaragoza, na Península Ibérica, prescreveu uma preparação de três semanas para a Epifania, data em que antigamente também se celebrava o Natal. Mas, o que vem a ser esse tempo?


O Advento é um momento de forte mergulho na adoração cristã, preparação para a chegada do Filho de Deus. Significa tempo de esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor. Assim como a noiva se enfeita, preparando-se para a chegada do seu noivo, a igreja se adorna aguardando a chegada de Cristo Jesus. Para as igrejas, via de regra, o Advento possui duas características: nas duas primeiras semanas a expectativa se volta para a segunda vinda de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história. As duas últimas semanas visam, especialmente, a preparação para a celebração do Natal, ou seja, a primeira vinda. Por essa razão é um tempo que se reveste de piedade e esperança.


Viver o advento é recordar a história da salvação e, ao mesmo tempo, comprometer-se com a proclamação do Evangelho da Salvação aos homens. É lembrar-se do Verbo que se encarnou, habitou entre nós, no tempo e no espaço, trazendo a salvação para todo aquele que nEle crê. Depois de anunciar a vontade do Pai, por palavras e ações, Ele se ofereceu por nós, na cruz do madeiro, sendo morto por nossos pecados. Mas a morte não o segurou. Ele ressuscitou e foi assunto aos céus de onde prometeu voltar.


Celebrar o Advento é relembrar esse maravilhoso ministério e alimentar a esperança que aguarda a sua segunda vinda. Assim como veio, na primeira vez, Ele vai voltar, conforme nos prometeu em Sua Palavra. Que possamos viver esse período impulsionados pelos valores essenciais do cristianismo: alegria tomada por expectativa e vigilância, esperança, simplicidade de quem se desapega do fútil e se debruça sobre o fundamental da fé. Precisamos fazer do Natal uma data não somente para ser lembrada como um fato histórico do passado, mas sobretudo vivê-lo debaixo da expectativa da parousia (volta) do Senhor Jesus. O Advento é, por isso, um período propício para a conversão, para a entrega e para a adoração. Que o Espírito reavive esses sentimentos em nós.

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