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Pr. Carlinhos Veiga

O Caminho do Amor

Todos já ouvimos falar que Deus é amor. Tornou-se uma frase tão repetida que adquiriu ares de jargão. Mas jamais poderemos nos esquecer da prática desse amor. Deus desejou tornar acessível o seu amor a nós por intermédio de Cristo Jesus. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito...” (João 3.16). Mas não parou por aí. Deus desejou formar uma família que fosse a encarnação desse amor. Por isso a Igreja, que é a família de Deus (Ef 2.19), conhecedora do amor de Deus, deve torná-lo conhecido. É para isso que a igreja existe.


No entanto, não é um amor apenas para ser percebido, mas verdadeiramente conhecido. Só praticaremos verdadeiramente o amor quando conhecermos profundamente a Deus e o Seu amor e nos rendermos inteiramente a Ele, sem reservas. Seremos verdadeira família de Deus quando entendermos que nossa filiação se deu por amor. Não éramos filhos de Deus, estávamos afastados pelos nossos pecados, mas fomos adotados pelo Pai, baseado nesse grande amor dEle por nós. João 1.12, 13 nos lembra: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”.


Em 1João 3.1, lemos “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus”. Assim, somos chamados a manifestar ao mundo o amor com que o Pai nos tem amado (Jo 15.12). Por isso o amor não deve ser fingido, de aparência, mas verdadeiro. Aprendi recentemente que quem ama não morre pelo amigo, mas dá a vida pelo amigo. Cristo Jesus não morreu por mim, mas deu a Sua vida por mim. Há uma sensível diferença entre uma coisa e outra (Jo 15.13).


Devemos amar como Deus amou. Sabemos que o aprendizado do amor não é fácil. Várias coisas conspiram contra ele: nosso pecado, nossa baixa autoestima, nosso orgulho, nossa vaidade. Mas em Deus podemos todas as coisas. Ele certamente nos ajudará. Vivemos dias em que esse amor precisa, mais do que nunca, se tornar uma realidade visível. Muitos nesse momento sofrem dores das mais diversas: perdas de familiares e amigos, lutas financeiras, medos, inseguranças, depressão, solidão. Precisamos dar provas desse amor orando, mas, especialmente, estendendo a mão da maneira como seja possível nesse tempo de distanciamento. Que o Senhor nos inspire a ser expressão do Seu amor ao mundo. “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef 5.1).

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