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  • Pr. Carlinhos Veiga

Quanto falta para acabar a noite?

“Guarda, quanto falta para acabar a noite?” (Is 21.11).


A noite parece demasiadamente longa. A luta, incessante. Os dias seguem obscuros. A enfermidade e a morte pairam no ar, invisíveis. O nosso inimigo continua agindo na calada da escuridão, nos surpreendendo e arrastando muitos para o pecado. Surgem de suas emboscadas pronto para ferir os soldados mais estratégicos. A cada hora renascem heresias. Perigosos ensinamentos iludem o povo, passando por belas palavras que afagam a alma. Fazem o povo abandonar ou esquecer do que já sabem. Buscam novidades que os fazem suspirar. No fundo, são sussurros de satanás, que fazem cambalear os pés dos que outrora estavam firmes.


“Guarda, a que horas estamos da noite?”. Não sabemos ao certo o quem vem adiante. Nossos olhos não conseguem perceber claramente. As trevas predominam. E muitos dormem. Não conseguiram permanecer despertos. Cederam à tentação que os abateu e os fez desanimar. É preciso ler os sinais dos tempos. O coração do sábio conhece o tempo e o modo (Ec 8.5). É preciso levantar-se e orar; permanecer acordado e atento, numa conversa sincera com Deus.


“Guarda, quanto ainda falta para acabar a noite?”. É possível ver as estrelas? Ou os marcos que nos orientam estão cobertos pela neblina das incertezas? Mas é certo que Cristo, a estrela da manhã, está firme, estabelecido em seu lugar e nada, absolutamente nada ou ninguém, o moverá de lá. Lancemos o nosso olhar de esperança nEle. Esteja alerta, ó Igreja do Senhor. A noite pode parecer longa, mas o amanhecer se aproxima. A estrela da manhã é nossa garantia que o dia virá! E quando o sol da justiça brilhar, as sombras desaparecerão, e os terrores da noite, todos, se desfarão. Por isso, não se lamente, nem se desfaleça; não se deixe vencer pelo engano. O dia está próximo. Mantenha-se firme, vivo, em oração. Guarde-se a si mesmo na presença de Deus e cerque os irmãos de cuidado, por meio de admoestações em amor, em confissões mútuas.


Estenda a mão aos feridos pelos covardes ataques das trevas, ou àqueles que se deixaram embriagar pelos sonhos fantasiosos de uma noite festiva, sem limites e sem Deus. A vida cristã é vivida comunitariamente, num apoio mútuo de amor e fé. Sigam juntos! “Ó Jesus, se tu não vieres pessoalmente à Tua Igreja que o aguarda neste dia, vem então em Espírito ao meu coração que suspira e faze-o cantar de alegria”. Vem, Jesus Senhor! (Texto inspirado numa devocional do livro “Dia a dia com Spurgeon”, escrito por Charles Haddon Spurgeon).

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